domingo, 30 de junho de 2013

A obra do Espírito Santo

A obra do Espírito Santo:

A obra fundamental do Espírito Santo no mundo é chamar os pecadores ao arrependimento e conduzi-los à salvação em Cristo. Sua missão individual é bem descrita nas palavras: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e ceareicom ele e ele comigo.” (Apoc. 3:20). E o conselho divino é: “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações...” (Heb. 3:15). Cristo afirmou que o Espírito Santo viria para O glorificar (João 16:14), e para convencer “o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16:8). Estes são aspectos cruciais da salvação; pois a consciência da pecaminosidade própria é indispensável para a aceitação da justiça de Cristo que,
por sua vez, é o único meio pelo qual podemos ser provados no juízo divino. E o Espírito Santo é também o agente regenerador (Tito 3:5) que torna eficaz o sacrifício de Cristo na vida do crente. Outro aspecto da Sua missão aparece na declaração de Cristo: “Quando vier, porém, ‘o Espírito Santo vos guiará a toda a verdade” (João 16:13). “ele é o Espírito da verdade’, pois sua obra, é guiar os servos de Jesus ‘a toda verdade’. Enquanto os dias passam, o Espírito os guiará mais e mais profundamente no conhecimento da verdade. Esta é uma obra de santificação, pela qual o próprio Cristo orou em Sua oração sacerdotal: “Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade” (João 17:17). E o salmista acrescenta: “A Tua Lei é a própria verdade” (Salmo 119:142). Foi o Espírito Santo quem inspirou as Sagradas Escrituras e é Sua missão guiar a vida dos seguidores de Cristo em conformidade com a Palavra de Deus e com a Sua Lei, tornando-os mais semelhantes a Cristo, que é a Verdade personificada (João 14:6). O Espírito Santo não iniciou Sua obra por ocasião do Pentecostes. Desde Gênesis 1:2, Ele é inúmeras vezes mencionado no Antigo Testamento. Deus já prometera aos israelitas após o êxodo: “O Meu Espírito habitará no meio de vós” (Ageu 2:5). E, mesmo antes do Pentecostes, Cristo afirmou a Seus discípulos: “o Espírito da verdade habita convosco e está em vós” (João 14:17).

A obra especial do Espírito Santo
A obra especial do espírito Santo entre os crentes, é a obra que Cristo Se referiu ao prometer a Seus discípulos: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas...” (Atos 1:8). Portanto a obra especial do Espírito Santo significa uma capacitação especial dos crentes para a proclamação do evangelho. À semelhança da obra universal do Espírito Santo quanto à salvação, também esta obra é de natureza cristológica. Cristo disse que eles receberiam poder para serem Suas testemunhas! O apóstolo Paulo denomina essa capacitação especial de “dons espirituais” (I Cor. 12:1), e acrescenta que esses dons não são concedidos sem motivo, mas “visando um fim proveitoso ((I Cor. 12:7), e que este fim é, o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do Seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Efé. 4:12).
O exemplo desta capacitação especial para testemunhar de Cristo é o dom de línguas que os discípulos receberam no Pentecostes. Nesta ocasião, estavam em Jerusalém pessoas das mais diversas nacionalidades (Atos 2:5, 9-11), as quais, ao ouvirem o testemunho dos discípulos serlhes dado na sua “própria língua materna” (Atos 2:8), maravilharam-se profundamente; e o resultado para a igreja cristã foi um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (Atos 2:41).
Portanto a manifestação do dom de línguas no Pentecostes não tinha um fim em si mesmo, para a satisfação e orgulho pessoal dos apóstolos, mas sim um objetivo evangelístico. E o próprio apóstolo Paulo esclarece ainda mais este assunto ao dizer que “as línguas constituem um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos” (I Cor. 14:22), e ele acrescenta: “Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para que eu possa também instruir os outros, do que a falar dez mil palavras em língua desconhecidas” (I Cor. 14:19)
A Bíblia afirma ainda que “os dons são vários, mas o Espírito é o mesmo” (I Cor. 12:4), e que esses dons são concedidos a cada um individualmente, segundo apraz ao Espírito Santo (I Cor. 12:11). Portanto não é o indivíduo que escolhe os dons que deseja possuir, pois isso cabe ao espírito Santo. A Parábola dos Talentos, em Mateus 25:14-30, ilustra bem esse princípio.

Condições para o recebimento do Espírito Santo

Uma vez que a iniciativa da nossa salvação é divina (Apoc. 3:20), a parte que nos corresponde para o recebimento do Espírito Santo é simplesmente aceitarmos o Seu convite; pois é Ele quem efetua em nós “tanto o querer como o realizar” (Filip. 2:13). Todos os impulsos de nossa parte paraaceitarmos a salvação, são por ele motivados; porém cabe a nós a decisão de os aceitar ou de os rejeitar. Mas “a todos os que aceitam a Cristo como o Salvador pessoal, o Espírito Santo vem como Consolador, Santificador, Guia e Testemunha”. 2 A Bíblia menciona, entretanto, algumas condições para o Espírito Santo permanecer em nós e
capacitar-nos com um poder especial para sermos testemunhas de Cristo. Em primeiro lugar, é necessário arrepender-nos dos nossos pecados: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38). Em segundo lugar, é necessário crermos: “a fim de que recebêssemos pela fé o espírito prometido” (Gál. 3:14). Em terceiro lugar, é necessário que obedeçamos toda a vontade de Deus como expressa em Sua Palavra: “ o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que lhe obedecem” (Atos 5:32). “Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (João 14:16). “Darvos-ei  um coração novo, e porei dentro em vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro em vós o Meu Espírito, e farei que andeis nos Meus estatutos, guardeis os Meus juízos e os observeis” (Ezeq.36:26 e 27).
 Em quarto lugar, é necessário que perseveremos em oração: “... o Pai celestial dará o espírito Santo àqueles que lhes pedirem” (Luc. 11:13). “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (Atos 4:31). Mas mesmo a nossa oração deve ser sempre submetida à vontade de Deus: “Faça-se a Tua vontade,
assim na Terra como no Céu” (Mat. 6:10).
O batismo em nome de Jesus Cristo e do Espírito Santo são simultâneos. Assim como Cristo recebeu a unção do Espírito Santo por ocasião do seu batismo por João Batista (Mar. 1:10), todos aqueles que aceitarem as boas novas da salvação devem ser batizados ao mesmo tempo “em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mat. 28:19). Cada cristão deve buscar com profundo ardor e insistência diariamente o poder regenerador e santificador do Espírito Santo na vida; porém a escolha dos “dons espirituais” não lhe cabe decidir, pois isto pertence à vontade do Espírito santo, de acordo com as necessidades e conveniências (I Cor. 12:11). É por este motivo que Cristo condena a busca de milagres, ao declarar que “uma
geração má e adúltera pede um sinal” (Mat.16:4). E em Seu diálogo com Tomé, Cristo valoriza a fé sem milagres, ao afirmar: “Porque viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29).

Evidências do recebimento do Espírito Santo

Muito cristão que seja cheio do Espírito Santo recebe unção para que através dele seja operado curas e libertações, como ocorreu com os apóstolos por ocasião do Pentecostes.
A experiência ocorrida no Egito, quando os sábios de Faraó simularam os milagres que o Senhor operara através de Moisés e Arão (Êxo. 7:11), repetir-se-ia nos últimos dias (II Tes. 2:9-11). É por essa razão que o próprio Espírito Santo inspirou o apóstolo João a alertar os crentes a esse respeito: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes provai os espíritos se procedem deDeus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (I João 4:1). E a Bíblia acrescenta: “ À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8:20). E ela ainda adverte que os sensuais não têm o Espírito” (Jud. 19). Mas qual é a verdadeira evidência de que alguém possui o Espírito Santo? Na verdade, a evidência da presença do Espírito Santo na vida de uma pessoa “é tão ampla quanto a Sua obra”. Cristo disse que “pelos seus frutos os conhecereis” (Mat. 7:20), e o apóstolo Paulo acrescenta que “o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gál. 5:22 e 23). Portanto a evidência concreta é o fato de sua vida ter sido transformada de acordo com o padrão divino, procurando conhecer e viver em conformidade com “toda a verdade”, pois esta é a obra do espírito Santo. Jesus disse que os que entrarão no Reino do Céus são aqueles que fazem a vontade de Deus (Mat. 7:21).
A Bíblia declara que João Batista era “cheio do Espírito Santo” (Luc. 1:15), mas “não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito deste era verdade” (João 10:41). E isto foi suficiente para Cristo afirmar que “entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João” (Luc. 7:28). Muito embora a obra universal do Espírito Santo seja universalmente a mesma, não podemos generalizar  a obra especial na vida dos crentes. Como os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo” (I Cor. 12:4), e esses dons são distribuídos pelo Espírito a cada um, “como lhe apraz” (I Cor. 12:11); o fato de um genuíno cristão viver em plena conformidade com a vontade de Deus, mas não possuir determinado dom, não é evidência de que ele não seja cheio do Espírito Santo.
Por outro lado, o próprio fato de alguém vangloriar-se de possuir determinado dom que outra pessoa não possui, é evidência clara de que ele não está sendo guiado pelo Espírito Santo (Gál. 5:25 e 26).
Na verdade “todos quantos anseiam ter semelhanças de caráter com Deus, serão satisfeitos. O Espírito Santo nunca deixa sem assistência a alma que está olhando a Cristo. Se o olhar se mantiver fixo em Jesus, a obra do Espírito não cessa, até que a alma esteja conforme a sua imagem”. E “não há limites à utilidade de uma pessoa que, pondo de parte o próprio eu, oferece margem à operação do Espírito Santo na alma, e vive uma vida de inteira consagração a Deus”.
Por que a obra do Espírito Santo de Deus nos capacita para fazer a sua vontade e de sermos usados e ousado para fazer a sua vontade. Assim é a vida do servo separado por Deus para agir conforme a direção do Espírito Santo. Louvado seja o nome do Senhor, por que podemos contemplar esta obra maravilhosa revelada pelo Espírito Santo o qual tem dirigido a vida daqueles que anda na revelação e na obediência. Graças a Deus por esta obra tão maravilhosa que ele tem nos chamado e nos capacitado para fazer a sua vontade. Louvado e engrandecido seja o nome do Senhor para todo sempre.

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