domingo, 30 de junho de 2013

As Vestes Sacerdotais

AS VESTES SACERDOTAIS    
As vestes foram instituídas para “glória e ornamento”, falam imediatamente de Jesus. Cada detalhe mostra Jesus Cristo e seu ministério em nosso favor. As vestes de Arão são apenas uma aparição, um espectro, uma semelhança da redenção. E nesta vestes se desdobra o esplendor escondido e insuspeito da glória do sacerdócio de Cristo, cujo desenho foi feito com sabedoria. De Arão até a destruição do Templo houve milhares de sacerdotes e mais ou menos 80 Sumo-sacerdotes. Mas só houve em todo o tempo, um único Sumo-sacerdote.
As vestes eram em número de sete:
1 - A túnica de linho: Aquele que é perfeito e a humanidade de Jesus
2 - a veste com campainhas e romãs (o manto): testemunho e força vital
3 - A estola ou éfode. Fala de um único sacerdote
4 - O cinto: o que serve. Inseparável dos que ama.
5 - O peitoral: A Jerusalém Celestial
6 - A mitra: O que obedece
7 - A coroa de ouro - o Santo
A túnica longa de linho fino até os pés, bordada, porém simples e não muito elaborada, formava um contraste com a estola. O branco do linho inimitável. perfeição e pureza do Homem Cristo Jesus. O mundo vê Jesus de Nazaré como o homem comum mas reconhece que nenhum homem falou como este homem. Padrão divino tecido dentro do linho de sua humanidade. O linho revela a verdade só encontrada em Jesus sem pecado. Este linho nunca mais foi visto desde os tempos de Arão. Tecido egípcio que data de 2.500 anos a.C. Sua técnica morrendo com os egípcios e não foi revelada a mais ninguém. Assim é Jesus - o único que jamais será repetido.
Característica do linho: a semente lançada na terra. Morte, após a morte vida - houve morte e ressurreição, para depois servir de glória e ornamento nas vestes sacerdotais. Esse linho passava por muitos processos. Fala de Jesus o Justo.- O manto completamente azul. Não um azul celeste, mas como diz em Israel “tekelet” um azul violáceo, da cor do céu, de Israel, ao entardecer. Ele vive eternamente ao caráter e ao serviço celeste do nosso Senhor e Salvador. Veio do céu e para lá voltou. As campainhas de ouro, imagens do seu testemunho. O sonido como que um som que vem do santuário celeste, como que a atestar: Ele morreu, ele vive!
O vento impetuoso no dia de Pentecostes, como uma mensagem celeste que trouxe o testemunho de Cristo glorificado: 3.000 almas sacudidas naquele dia recebendo a salvação de Jesus Cristo. As romãs frutos de Israel que crescem no alto e não como os do Egito que eram rasteiros com seus suculentos grãos são uma bela imagem de força vital e da fertilidade. Recebem a luz do sol. Falam de fertilidade, de um corpo, os grãos acoplados uns aos outros.
- O éfode eram duas partes ligadas pelos ombros e descia até os joelhos. O termo hebraico “hubar” significa que esta ligação era inseparável, indivisível. O Salmo 122 tem essa imagem com relação à cidade de Jerusalém, “edificada como uma cidade sólida”, o que significa uma cidade indivisível, inseparável da Jerusalém celestial.  Bordado com lâminas de ouro, fios de azul, púrpura, carmesim e também do linho branco. Descia até aos joelhos. Era bordado e costurado, uma obra prima de esplendor, de glória e ornamento.
Imagem do Filho de Deus, da glória de Deus: “Tu és meu filho e hoje te gerei”. Fala de sua exaltação, o seu sacerdócio foi cheio de autoridade, aquele que nomeou Arão naquele ofício, colocou agora, Cristo em seu lugar.
O éfode de um certo ângulo parece todo de ouro, refletindo raios de luz; a cada movimento do sacerdote revelava a glória e o ornamento de sua construção. Visto de outro ângulo parecia todo de linho, azul, púrpura, carmesim e branco. Não significava dois éfodes, mas um. Havia porém dois materiais revelando as duas naturezas de Jesus - o ouro sua divindade e o linho sua humanidade.
Nenhum desses materiais poderia se separar sem danificar um ao outro. Separá-los seria destruir o éfode. As duas naturezas de Cristo também não podem ser separadas.  É como o próprio éfode ligado pelos ombros (hubar), de forma inseparável. Não podemos separar sua divindade do poço de Jacó, da tempestade do Mar da Galiléia ou do túmulo de Lázaro. Somente ele, como mostra o éfode é Deus e Homem, uma só combinação para perfeição. As cores já abordadas anteriormente.
O ouro - perfeição, tipificando sua divindade o mais precioso dos metais, com qualidades que outro metal não possui. Fala ainda da glória divina da pessoa de Jesus, da glória divina como Sacerdote, da glória divina da Arca e do Propiciatório.
O azul do céu - distância sobre distância até o infinito. Jesus não tem limites. Não tem passado que tivesse um começo, nem futuro que tivesse um fim. Ele vive desde a criação do mundo. Igual a Deus. O horizonte do judeu era limitado ao Pai Abraão, mas Jesus diz, que antes que Abraão o fosse, Eu era.
O carmesim - a cor do homem que representa a natureza de Adão. “Adam” significa vermelho. A terra de Israel é vermelha. O carmesim simboliza o que é carnal, a natureza humana. Isto foi feito em Esaú que era vermelho e que vendeu o direito de primogenitura por um prato de lentilhas vermelhas. Ele era conhecido como um homem carnal, com apetite carnal, sem inclinação espiritual. Isaías diz: “que ainda que os vossos pecados sejam como o carmesim , eles se tornarão brancos como a neve”. É também a cor que revela a profundidade da humilhação de Cristo - Ele era de Deus e do céu - ouro e azul, - tornou-se filho do homem - vermelho. A palavra carmesim vem de um verme vermelho. Produz os seus ovos troncos dos carvalhos, depois de secos são triturados e obtida assim a cor. E Jesus desceu “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte de cruz” (Fil. 2:8) (Sal. 22:6).
A palavra éfode é usada 27 vezes em êxodo. Deve ter uma importância particular para Deus, e os 14:09 adverte: “Quem é sábio que entenda essas coisas, quem é prudente que as saiba ...”. Sobre Arão disse Deus: “Eu o escolhi dentre todas as tribos de Israel para ser meu sacerdote, para subir ao meu altar, para queimar o incenso e para trazer a estola sacerdotal perante mim”. Mas Israel está hoje debaixo de uma profecia: “Os filhos de Israel ficarão muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício e sem éfode” (I Sam 2:28). É portanto, um povo sem estola sacerdotal e por isto Israel ainda vai sofrer um novo holocausto.
A junção dos ombros da estola ou éfode era notável, apresentava duas pedras preciosas de ônix (o ônix na antiguidade era o diamante negro que se formava no seio da terra, em sofrimento, no calor das Rochas Vulcânicas)  engastadas em ouro, onde estavam gravados, em ambos os conjuntos, os nomes dos filhos de Israel, relacionados segundo o seu nascimento. O Senhor pelos seus sofrimentos, pelo que ele passou na cruz do Calvário - o crivo do altar do holocausto, onde só Deus poderia penetrar e saber o que estava acontecendo ao seu filho naquela hora de tão grande angústia - igualmente trás os nossos nomes no seu ombro, local da força, do poder, da energia, escritos com o seu sangue que é como se fora o próprio diamante.  Isto mostra que pelo sangue de Jesus fomos comprados , resgatados, e jamais esquecidos de Deus, quando do nosso novo nascimento. Nosso pai no céu pensa sem cessar em seus filhos “Todavia não me esquecerei de ti” (Is. 49:15). Esta promessa está tipicamente gravada nos nomes destas pedras de ônix, as quais são “pedras de memorial”.
“E porás as duas pedras nas ombreiras da estola sacerdotal por pedras de memória aos filhos de Israel: e Arão levará os seus nomes sobre ambos os seus ombros para memória diante do Senhor”. Ex. 28:12, Is. 44:21. Cada raio de luz que incidisse sobre Arão caia sobre os nomes do povo de Arão.
O peitoral - acima da cintura - era feito dos elementos da estola. Ali também estava o ouro, o azul, púrpura, o carmesim e o linho branco.
Tinha a forma quadrada “QUADRADO ERA - dobrado fizeram o peitoral e o seu comprimento de um palmo e a sua largura de um palmo dobrado” (Ex. 29).
Tinha a medida perfeita para cobrir o peito do Sacerdote e ficava no coração  do mesmo. O peitoral estava ligado ao éfode por 6 argolas de ouro com um cordão azul para que estivesse sobre o cinto trabalhado do éfode, de forma que não se separasse do mesmo. Ex. 39:8. Seis é o número do homem. O intimamente ligado ao que representa a divindade de Deus, o ouro, através de Jesus Cristo nosso Sumo-sacerdote.
Os dois anéis de cima ligavam-se por uma corrente de ouro às pedras do ombros. Os dois inferiores ligavam-se por fitas azuis às duas argolas de ouro do éfode. Mais uma vez, ouro e azul, revelando divindade e graça.
Os de cima significavam Deus santo exigindo justiça que é encontrada em Jesus Cristo; em baixo: o homem necessita de misericórdia e graça encontrada só em Jesus Cristo: “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor: eu fui para eles como quem alivia o jugo de sobre as suas queixadas e me inclinei para dar-lhes de comer”. Os. 11:4.
As pedras do ombro estão unidas às do peitoral por cordas de ouro, mostrando a indissolubilidade com que estão ligadas uma com as outras. Qualquer movimento dos ombros ou qualquer batida do coração agitam o peitoral. Isto significa que os atos da força do Senhor estão ligados aos conselhos da sua misericórdia e graça sobre nós. Os santos jamais se afastarão da misericórdia do Grande Sumo-sacerdote . Os seus ombros mantém-nos da queda e o seu amor nos enche com inexcedível alegria.
O tecido dobrado e fechado na base e nos lados, aberto em cima, formava uma espécie de bolso onde o sacerdote guardava o Urim e o Tumim (Ex. 28:30). Em nenhum lugar da palavra há referência de que Urim e Tumim fosse pedras, nem podia, pois o sacerdote não iria jogar dados.
  O peitoral era ornado com 12 pedras preciosas. Essas pedras faiscavam com o brilho e eram vestes sacerdotais (pág. 3).
As pedras preciosas pela riqueza e brilho eram os mais apropriados elementos terrenos que mais poderiam retratar a glória na qual Israel estava para ser transformado como possessão de Jeová (Ex. 19:5). As cores e o material do éfode respondiam as cores e texturas das cortinas do santuário indicando o serviço representado no santuário pela pessoa que vestia o éfode e o ouro de cujo material era feito marcava a glória daquele serviço. Estas pedras, quatro fileiras de três cada uma, eram: primeira fileira: sádia (cornalina), topázio, carbúnculo; segunda fileira: esmeralda, safira, diamante; terceira fileira: jacinto, ágata, ametista; quarta fileira: turquesa, sardônica, jaspe.
Diferentes umas das outras. Cada um refletia uma cor diferente, quando a luz do Candelabro refletia sobre elas.
O nome do peitoral vem do próprio lugar onde ele estava colocado, sobre o peito do sacerdote e a palavra diz que ele devia ser colocado com cuidado sobre o éfode, pois que deveria permanecer imóvel sobre o peito. Os torsais com os anéis de ouro e os cordões em azul asseguravam a posição correta.
A expressão “o peitoral de juízo” indica a “administração do juízo” ou o “pronunciamento do juízo “, para trazer juízo aos filhos de Israel diante do Senhor. O nome dos doze filhos de Israel estava sobre os ombros e sobre o coração do sacerdote. As respostas de sabedoria e decisões de Deus eram dadas pelo Urim e Tumim (verdade) os quais não eram distintos do peitoral, mas colocados nele, e não meramente suspenso, diferente do sentido de I Sam. 6:8 ou II Sam. 11:16, conforme a LXX que afirma colocar ou pôr alguma coisa dentro de outra, e não meramente colocar uma coisa sobre a outra. Urim e Tumim tinham ligação entre si. A LXX traduz estas palavras como Revelação e Verdade. Urim significa luz, Tumim significando integridade, inviolabilidade e perfeição.  
Revelação:
Os termos Urim e Tumim como Elohim estão no plural assinalados pela terminação “im”. O singular seria respectivamente “Or, Tam, El”, que significam luz, perfeito, Deus (singular). A expressão “No princípio criou Deus” no hebraico: Ber’eshit bará’ Elohim, o verbo (bará) está no singular enquanto que o sujeito Elohim está no plural porque o sujeito é a Trindade (que são três em um). A palavra Tam está relacionada ao sacrifício dos animais que tinham que ser perfeitos, puros, sem mancha, imaculados (significado de Tam). Este termo portanto, está ligado a Jesus como o Cordeiro de Deus (imagem do animal sacrificado no altar do holocausto). Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” I Pedro 1:19, o único que pelo seu sangue isenta o pecador da culpa. Traduzir-se Urim e Tumim por luzes e perfeições é como se dizer deuses para Elohim, até pagãos, porquanto jamais de traduziu Elohim (Deus) como deuses, com letra minúscula. Então Urim e Tumim tem o mesmo valor de Elohim (identificando-se nos termos, a Trindade, igualmente) pois se tivesse havido um verbo definindo-os, este estaria no singular como acima mostrado porque tem a mesma conotação. Ainda como se não bastasse, tendo em vista que o hebraico faculta em mexer-se com as palavras dentro das palavras por elas compostas, encontra-se a palavra “mut” formada com as letras de Tum im (mut) (quase que como em código - na escrita bidimensional da Bíblia) e que significa morto e é a palavra quem o diz: “E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto...” (Ap. 5:6). Portanto Tumim, não há dúvida, tem uma ligação direta com o Cordeiro, porque perfeito, puros etc. eram os animais sacrificados.
Se forem escritas as palavras Urim de cima para baixo (do céu para a terra) e Tumim debaixo para cima (da terra para o céu) como num acróstico, no encontro das duas palavras surgirão dois “m” bem no meio. A primeira letra de Urim é um álef (que corresponde ao alfa no grego) e a última será “tav” (que corresponde ao ômega no grego), entender-se-á: “Eu sou o alfa e o ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”, Ap. 1:8 - o mesmo quer dizer: Eu sou o Urim e o Tumim...sou a Luz (Revelação) e o Cordeiro que foi morto mas que vive eternamente. A letra M na junção dos dois nomes significa a continuidade, geração e gerações, que tanto o Senhor exigiu dos israelitas ali no Tabernáculo - “Tu pois ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite pura de oliveiras, batido para o candeeiro, para fazer arder as lâmpadas continuamente”. Ainda, as três linhas encontradas no acróstico são: Álef, mem e tav (no hebraico) que formaram a palavra EMET que significa VERDADE. “O Verbo era Deus, e o Verbo estava com Deus” Jo 1:4. Que é o Verbo? É a Palavra. Jesus é o verbo, além de ser “A Verdade, o Caminho e a Vida”. “Era a vida, a vida estava nele, e a vida era a luz dos homens”. Ora, por isso, consultamos a Palavra porque é a Verdade, à semelhança do Sacerdote que consultava por Urim e Tumim, cuja resposta era dada por esses elementos que outros não eram senão a revelação (luz - Urim) e pela tipificação do Sangue do Cordeiro (Tumim) e ambos eram JESUS apontando em todas as imagens formadas pelos elementos do Tabernáculo.
“Porque os lábios do sacerdote guardarão a ciência, e da sua boca buscarão a lei, porque ele é o anjo do Senhor dos Exércitos” Mal. 2:7.
Então se Urim e Tumim representassem alguma coisa existente teriam sido descritas, sua natureza ou o modo de prepará-las.
O coração é o centro da vida espiritual, da vida emocional. Então trazer sobre o coração, não significa trazer na mente mas denota que o entrelaçamento pessoal com a vida do outro, por virtude, pertence ao Sumo-Sacerdote, que trazia Israel à presença de Jeová, uma lembrança para que Deus aceitasse o seu povo. Uma vez vestido o sacerdote, Urim e Tumim apareciam diante de Jeová como advogado dos direitos do seu povo que ele deveria receber para a congregação a iluminação requerida para proteger e amparar estes direitos. Os termos Urim e Tumim são encontrados em apenas 7 versículos na Bíblia, respectivamente:
Ex. 28:30; Lev. 8:8; Num. 27:21; Dt. 33:8. Aqui amado vem da raiz de hésed (graça); I Sam. 28:6 (Aqui uma ênfase aos dons: sonhos, revelação e profecia); Esd. 2:63 (“... até que houvesse sacerdotes com Urim e Tumim...”) equivale dizer: com dons. Nee. 7:65 (o mesmo de Esd. 2:63)
Tendo em vista que o assunto é até polêmico, consultei ao Senhor sobre o mesmo: Mc. 13:32; Sal. 98:4 e Jos. 8:1.
Ainda por revelação, o Senhor mostrou algo mais sobre o peitoral do juízo, conforme os versos a seguir:
“Quadrado e dobrado, será de um palmo o seu cumprimento, e de um palmo a sua largura; E encherás de pedras de engaste... com quatro ordens de pedras que representam as tribos de Israel. “Também porás no peitoral URIM e TUMIM para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar diante do Senhor; Assim Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do Senhor continuamente”. O Peitoral ficava sobre o peito do sacerdote. Era o âmago, a intimidade, as entranhas, o interior, como se fosse a casa do Sumo-Sacerdote. O peitoral era o símbolo da Santa Cidade - A Jerusalém Celestial - onde o Grande Sumo Sacerdote governará. No peitoral havia 04 fileiras de pedras de engaste e nelas estavam gravados o nome das 12 tribos.
A Cidade Eterna também tinha a forma quadrada e as mesmas pedras do peitoral formavam os fundamentos da Cidade e nestas pedras estavam gravados os nomes dos 12 apóstolos, enquanto que o nome das 12 tribos que estavam gravados nas pedras do peitoral, como selo e como memorial, passaram às portas da cidade, em número de 12. “E a cidade estava situada em quadrado: e o seu comprimento era tanto como a sua largura, e mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais”. (Ap. 21:10, 16, 19).
“E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a Santa Jerusalém que de Deus descia do céu (Ap. 21:9). “E olhei e eis que estava o Cordeiro sobre o monte de Sião...” Ap. 14:1.
Portanto, Urim e Tumim à semelhança de como ficavam no meio do peitoral, simbolizava Jesus no meio da Cidade Santa. Era a luz e era o Cordeiro no meio do trono (Ap. 7:17). “Porque o cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida: e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima”.
Trata-se, então da Casa Eterna do Cordeiro, descrita em Ex. 28:30 como um símbolo, no bolso do peitoral - como já dito, o âmago, a intimidade, as entranhas, o interior. Jesus em pleno governo. Uma luz que nunca se apagará, um Cordeiro Perfeito “como havendo sido morto”, mas que vive eternamente. No meio da sua cidade a veste deste Sumo-Sacerdote, da ordem de Melquisedeque, não terá um bolso, que apenas simbolizava a sua casa, semelhante ao “Santo dos Santos”, o seu trono da cor de uma safira. Ele estará então “vestido até os pés de um vestido comprido, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro” Ap. 1:13-15. Os seus pés semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha e a sua voz como a voz de muitas águas”. “ E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre” Ap. 1:18.
Eis aí o mistério de Urim e Tumim: a luz e o Cordeiro embutidos no bolso da veste sacerdotal, escondidos, tão escondidos quanto a própria Cidade Eternal que ainda estava e está nos projetos do Pai, à semelhança de quando Deus falava de um lugar onde ali poria o seu nome (Dt. 12:5) onde o seu povo o adoraria. Uma cidade, para nós hoje, ainda distante, até o tempo do cumprimento da Palavra. O peitoral era o Peitoral do Juízo: “E vi os mortos que estavam diante do trono, e abriam-se os livros, e abriu-se outro livro que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”. Ap. 20:12.
E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. Escreve: porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”. Ap. 21:5.
Lemos em Hb. 10:7: “Então disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade”. E realmente o nome de Jeová (Adonai) (que é Jesus como Deus da salvação) está escrito em Gên. 1:3 nas letras do verso: “Haja luz, e houve luz” (Cf. João 1:1-4) - “Ele estava no princípio com Deus... E nele estava a vida e a vida era a luz dos homens... E a luz resplandece nas trevas...”.
Então se Urim é luz, se Jesus é o Urim (não tenho dúvida) ele estava no princípio de todas as coisas, ele era a revelação de todas as coisas que foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Trata-se mesmo do Urim e Tumim que estava (verbo no singular, porque eram ambos Jesus) no bolso da veste sacerdotal, como um símbolo de consulta através da revelação e do sangue de Jesus - o Cordeiro que era sacrificado todos os dias, de manhã e à tarde (o Tumim), até aquele dia em que se deu na cruz como Oferta da Tarde.
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro. Bem aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas”. Ap. 22:13-14.
Quando ao Urim e Tumim há de se considerar o fato do plural da palavra Elohim. Em Elohim estão contidas as 3 pessoas da Trindade. O verbo está sempre no singular, como por exemplo Elohim bará (Deus criou) Gen. 1:1.
Quando Deus criou o mundo Jesus Cristo estava lá, (O Pai, o Filho e o Espírito Santo) englobados na palavra Elohim. Em João1:1-2 lemos que “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus” Em hebraico diz assim: Bereshit bara Elohim et hashamaim vet haretz. Literalmente no princípio. No verso 3 de João lemos: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4 “A vida estava nele e a vida era a lux dos homens. 5 “A luz resplandece nas trevas e as trevas não prevaleceram contra ela”.
Temos aí um relato preciso do que aconteceu no Gênesis: Ele estava lá no princípio, fez todas as coisas, era a vida, era a luz e cujas trevas não prevaleceram à luz, pois que diz Gênesis 1-2 e 3: “havia trevas ... e disse Deus: haja luz e houve luz ... e fez Deus separação entre luz e trevas.
No verso 3 do capítulo 2 de Gênesis lemos: “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou , porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera. O número 7 indica a perfeição de Deus, indica o término, o completar de uma determinada coisa, uma obra completa, terminada e acabada.
Assim, podemos encontrar uma definição para Urim e Tumim. Urim é um plural (como é Elohim), significa luzes. O singular seria Or (Como El seria o singular para Elohim). Tumim é um plural também cujo singular seria Tam. Traduzir-se Urim e Tumim literalmente por “luzes e perfeições” não creio que atingiria o propósito de Deus nestas duas palavras chaves nas vestes sacerdotais.
Então se Elohim inclui a Trindade, é certo que Urim também neste contexto, está incluindo a mesma Trindade bem como Tumim. Entretanto Urim (uma vez que a Trindade é um singular) é Or. Tanto Gênesis como João estão falando de Jesus como luz “Haja luz e houve luz” , “e fez separação entre a luz e as trevas”. Nós sabemos que Jesus é a luz do mundo.
No princípio era o Verbo e o Verbo estava no princípio ...” Jesus é o Verbo e a Palavra é Verbo, portanto, Jesus é a Palavra.
Então Urim está falando de Jesus como a luz ( no plural englobando a Trindade).
Tumim - indicando a perfeição de Deus, a obra completa de Deus. “Jesus é que fez todas as coisas e nada foi feito sem Ele”. Da mesma forma um plural, também englobando os três como em Elohim, e falando da perfeição da obra terminada. O singular de Tumim é Tam, que tem o sentido de perfeição, de algo que se completa e que se termina.
Se, agora, escrevermos como um acróstico as palavras Urim e Tumim no original hebraico de forma de Urim vai de cima para baixo enquanto que Tumim vem de baixo para cima, a unção das duas palavras será um M, a primeira letra de Urim é um Álef e neste caso a última do acróstico será o T (de Tumim de baixo para cima). AS três letras hebraicas: Álef, Mem (m), Tave (t) vão formar a palavra hebraica EMET que quer dizer verdade. Temos aqui a chave do mistério: “O Verbo era Deus, e o Verbo estava com Deus”. O que é o Verbo? É a PALAVRA e a PALAVRA estava com Deus”. Jesus é a VERDADE, o CAMINHO e a VIDA. II João 1 - ele “era a Vida, a vida estava nele, e a vida era a luz dos homens”.
Ora, a VERDADE e a PALAVRA, por isso consultamos a PALAVRA, à semelhança do Sacerdote que consultava por URIM e TUMIM, cuja resposta só Deus sabe como era dada.
Quanto ao aspecto da luz - URIM - podemos ainda tomar o esquema da “Grande Semana de Deus” em que temos: da criação a Abraão; de Abraão até Jesus; de Jesus até nós; o Arrebatamento; (...) semana (o milênio) e após a “santa cidade, Jerusalém que descia do céu, da parte de Deus” (Ap. 21:10). “A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap. 21:23). Tudo começou com a luz e terminará com a luz “Então já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus (Elohim) (A Trindade pluralizada), portanto, Jesus incluso, brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap. 22:05). Luz em relação ao Tumim - a sétima semana da criação - “E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera”. No texto em hebraico está repetida a expressão “Bará Elohim”. Este sétimo dia , pelo esquema citado, ocorrerá no milênio, respondendo a sétima semana de Deus, quando a terra descansará, vivendo um reinado de paz com Jesus - como o nosso Tumim - num interregno para transformar-se no nosso Urim. Em Gênesis diz: “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou, porque nele descansou de toda a obra, e como Criador, fizera” (No hebraico: bará Elohim - criou Deus).
            (...) ao peitoral propriamente dito, as pedras do mesmo oferecem uma posição diferente . Os nomes estavam em 12 pedras diferentes relacionadas aqui por tribos. Todos estamos no seu coração como nos seus ombros. Ele nos ama a todos e ele pagou um preço por todos.
Aqui nos defrontamos com uma surpreendente verdade: todos somos amados, estamos todos no seu coração, mas nem todos somos iguais no seu coração. Assim como diferem as pedras do peitoral assim acontece conosco. Somos todos jóias.
O Senhor teve um grupo de doze discípulos, depois três, depois um “a quem Jesus amou”. Ele me ama e deu sua vida por mim, mas a intensidade e o grau do seu amor está na proporção em que estamos mais longe ou se debruçados no seu peito. É o retrato da Igreja.
Nenhuma das peças eram iguais e foram apresentadas em ordem e maneira diferentes. Haviam pedras para cada nome separadamente. As 12 formavam o peitoral e cada uma tinha o seu lugar especial. Havia variedade de cor e brilho: o rubi, a esmeralda e a safira, cada uma tinha a glória e ornamento, cada uma diferente sem rivalidade entre elas. Uma unidade combinada com a diversidade. As diversidades dos servos: personalidades diferentes, temperamento, caracteres; uns cantam, outros pregam, outros tocam instrumento. Uns podem ter o brilho do sadio, outros a delicadeza do jacinto, outros podem ter as variedades da ágata; outros como um brilhante faiscante ou como um diamante. Daí, então, o galardão que cada um terá na cidade santa.
No peitoral todas as pedras são preciosas. Mas só podemos. Mas só podemos ser pedras preciosas se apreciarmos e tomarmos a cor da preciosidade que é Cristo.
O cinto - Fala do serviço, conhecido pelo “cinto do artífice” feito do mesmo material do éfode. Caracteriza o serviço único, perfeito de nosso Senhor. Popularmente como vimos era usado pelo trabalhador. Era inseparável.
O cinto não era uma peça isolada como o cinto de linho ou de couro, mas era uma peça com o éfode. Servia apenas para unir as duas peças do éfode e para ajustá-la ao corpo. O éfode fala de serviço. Assim o cinto ligava intimamente o éfode à pessoa como que a conceder-lhe todas as virtudes que ele continha. Não há nenhum serviço como o de Cristo: intercede eternamente por nós diante da face de Deus. O cinto ajustava assim o manto ao éfode e a Ele, o que o torna inseparável de nós.
O diadema e a mitra - a cabeça é o lugar de autoridade. Cristo é o cabeça da Igreja e a cabeça coberta significa submissão e Jesus foi submisso à vontade do Pai. Era o coroamento dessas santas vestimentas. O sacerdote trazia um diadema de ouro puro sobre uma mitra branca e linho fino.
Fizeram também a folha da coroa de santidade de ouro puro, e nela escreveram o escrito como de, gravura, de selo: Santidade ao Senhor. E ataram-na com um cordão de azul para a atar à mitra em cima como o Senhor ordenara a Moisés. Ex. 39:30-31 - “Estarás sobre a testa de Arão continuamente”.
O sacrifício levítico a expressão visível de sua aceitação perante Deus era o santo diadema era levado para ser aceito por Deus. De maneira que o sacerdote que cumprir seus serviços sacerdotais tinha que fazê-lo de forma que fosse aceitável a Deus.
O verdadeiro adorador vê no diadema a imagem encorajadora e confortante da graça de Deus. Somente esta graça pode realizar o serviço espiritual em toda a liberdade: “Tendo pois irmãos ousadia para entrar no santuário pelo sangue de Jesus” (Heb. 19:22).
Nós entramos na presença de Deus porque ele nos santificou e nos tornou dignos e porque o nosso grande Sumo-sacerdote se apresentou por nós. Aquele que é imaculado e que se veste de linho fino torcido, cujas vestes resplandecem com a própria luz que dele sai - pois é a luz do mundo. Essas vestes nos levam a visualizar o fim da obra majestosa do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (...) quanto ao peitoral poderemos confrontar os textos de Ex. 28:15-21 e Ap. 21:10-22 e chegarmos a uma conclusão maravilhosa, sobre a descrição do peitoral e da Santa Cidade Jerusalém que descia do céu ataviada como uma noiva.
No peitoral vamos encontrar a disposição das pedras, com os nomes dos filhos de Israel, a descrição de cada uma. Era quadrado (dobrado), e tecido nas quatro cores do tabernáculo: azul, púrpura, carmesim e branco.
A descrição da Jerusalém Celestial nos informa que a cidade estava em quadrado, a estrutura da muralha era de pedras, as mesmas descritas no peitoral, e a cidade não precisa nem do sol nem da luz , para lhe darem claridade , pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
Quando o Sacerdote entrava no lugar santo, a luz do Candelabro, Jesus o Grande Sumo-sacerdote, fazia com que as pedras faiscassem e emitissem um brilho incomum. E esta não é outra senão a descrição da nova Jerusalém que João viu “e tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, com a pedra do jaspe, como o cristal resplandecente (Ap. 21:11).
Essas vestes sacerdotais nos transportam à esfera daquele que verdadeiramente as vestiu, não Arão ou os outros sacerdotes, cheios de imperfeições.
As doze pedras do peitoral - com os nomes das doze tribos de Israel - são os fundamentos da cidade santa que trazem o nome dos apóstolos formando assim os 24 anciões. A aparência do Senhor Jesus no seu trono é como uma pedra de jaspe e sardônica.
O santo dos santos também era quadrado e ao olharmos para ele, visto de cima, temos uma idéia desse cubo, assemelhando-o na nossa mente finita à forma da Santa Cidade.
O altar do holocausto também era quadrado e é o trono de Deus onde este Sumo-sacerdote está assentado (Salmo 110:01), o único sacerdote que sentou, e que tem ministrado assentado. O trono tem ligação com o altar do holocausto.
Como vimos anteriormente, evidenciamos ainda o valor do número 4, pois que este quadrado da Nova Jerusalém nos apresenta uma cidade que deveria ser para toda a humanidade, para todo aquele que confessar Jesus como Salvador, Rei e Senhor de toda a terra.
Este Sumo-sacerdote estará no meio da Santa Cidade, não mais como uma veste Aarônica, mas como uma roupa de linho fino, com um cinto de couro passado pelo peito, pois que estará reinando na sua cidade, seus olhos como tochas de fogo e sua voz como rumor de muitas águas. A palavra céu no hebraico (shamáim) é formada de duas outras “esh (fogo) e “maim” (água), os elementos primordiais desde a criação para atenderem aos santos propósitos de Deus. O fogo da purificação e a água da separação. “Sede santos porque eu sou santo”. Vemos assim que a Jerusalém da visão apocalíptica de João tinha os elementos que vimos no peitoral das vestes sacerdotais: a dimensão: quadrada; as pedras preciosas em número de 12, o muro de jaspe; o resplendor da glória de Deus; o grande Sumo-sacerdote no trono cuja luz colore a cidade com o faiscar do seu próprio brilho, contra as pedras no muro, à semelhança de quando Arão entrava no lugar Santo e a luz do Candelabro fazia as pedras do peitoral faiscarem. Jesus estará ali, como Rei dos reis e Senhor dos senhores de toda a terra administrando a justiça, o pronunciamento da justiça.
Estarão nesta cidade - que no hebraico significa herança de paz, os que passarem pelo juízo de Deus, através do cinto de ouro no peito do Sacerdote, Sumo-sacerdote de nossas almas.
“Le souverain sacrificateur dans ses saints véiements pour gloire e pour ornement. Sur la tunique blanche il portait la robe de I’éphod entièrement de bleu. L’éphod de quatre couleurs et broché d’or le couvrait sur ie le devam et sur le dos”.

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