domingo, 30 de junho de 2013

Como Tesouro em Vasos de Barros

“COMO TESOURO EM VASOS DE BARRO”

 – A Revelação em nossas vidas!
II Coríntios 4: 6-10
6  Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.  
7   Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
8   Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados;
9   perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos;
10 levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.

É muito comum vermos estes versos expostos em calendários, como enfeites em mesas de trabalho ou adesivados em carros devido serem declaradamente, na letra, a expressão do Amor e do cuidado de Deus pelo homem. Porém, para aqueles que verdadeiramente vivem o evangelho estes versos são muito mais que palavras de animo ou amuletos para uma boa sorte, eles são Luz para um caminhar seguro.

Paulo neste capitulo vem nos declarando que deixou para traz o seu eu, rejeitando em sua vida uma consciência carnal na busca constante de servir em Espírito e em verdade o autor de sua fé. Paulo fala da misericórdia e do sustento do Senhor em sua vida através de um entendimento profundo “da glória de Deus, na face de Cristo”. E tendo isto alcançado por não estar mais cego de entendimento, sendo em sua vida manifesta a Verdade; ação esta do Espírito Santo, pois sobre ele resplandeceu a luz do evangelho da glória de Cristo. A Revelação!
Além da beleza destes versículos alcançamos também sua preciosidade na Revelação.
Vemos no inicio do texto selecionado a operação da trindade para que nós pudéssemos alcançar à Luz da Revelação o entendimento real da Palavra. E, como servos de um Deus Vivo, entender todo o projeto eterno de remissão dos pecados tornando-nos, como alvos da Graça, a Igreja fiel.

II Coríntios 4:6 Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.  
Deus Pai havia feito uma promessa de que a Luz (Revelação) resplandeceria.
A Luz já existia, “haja Luz”, porém aqui ela está sendo oferecida ao homem com a certeza de que iluminará o coração para o conhecimento do senhorio de Cristo, que é a Glória de Deus, o Deus Filho. Por que Ele mesmo resplandeceu em nossas vidas, se fazendo carne e habitando no meio de nós para o cumprimento das profecias de salvação do homem.
Paulo ainda nos declara que teremos acesso à tão grande benção “na face de Cristo”.
E como veremos a face se à Luz está em nossos corações? Porque estaremos com as candeias cheias e acessas, operação do Deus Espírito Santo, para em profunda intimidade, sermos identificarmos pelo nosso Redentor.
É o projeto se cumprindo em nossas vidas. Tendo acesso ao trono de Deus podemos contemplar a sua face e reconhecer a majestade, o poder e a salvação em Cristo Jesus.
Estávamos em trevas, mais uma Luz brilhou em nossos caminhos.

7   Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
E é este o tesouro relatado no verso sete. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro”... Houve o convite (resplandecerá) e há a concretização da benção (Temos).
Porém como vasos somos apenas despenseiros de tão grande riqueza, co-herdeiros de Cristo. A Revelação não nos pertence, mais sim somos usados para a manifestação da Glória e do amor de Deus. Sendo sempre a excelência de Deus.
Então já guiados pelo Espírito iniciamos nossa caminhada rumo à eternidade. E na revelação compreendemos o significado das palavras do texto que se segue.


8   Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados;
Há um outro significado para atribulado além de “em constante luta”. Atribulado também significa mortificado, feito como morto. Assim somos nós quando aceitamos Jesus. Fomos e somos mortificados em Cristo, todos os dias. A expressão “Em tudo” nos fala de todo nosso eu de todas as ações que deixamos para traz, nascendo de novo em Cristo Jesus.
O texto continua afirmando ser uma tribulação sem angústia, ou seja, sem aflição ou tortura, pois o castigo que nos traz a Paz estava sobre Ele e pelas suas pisaduras fomos sarados. É o barro se transformando em vaso.
Poderemos ainda depois de ter alcançado tão grande salvação ficarmos perplexos, indecisos, hesitantes... Quantos não desistem e voltam para o velho homem cedendo aos apelos da carne. Mais nós prosseguimos, pois a Luz já está em nossos corações, e é a Revelação que não nos deixa sem animo. Não esmorecemos.

9   perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos;
E tendo resistido aos apelos da carne haverá investidas. Sim! A palavra nos declara isto.
Perseguido quer dizer ser seguido de perto. O adversário anda ao nosso derredor, porém os anjos do Senhor acampam ao redor dos que o temem. Nosso Deus não nos desampara. Pois estar desamparado é estar a ermo, sem amparo, é estar só. Mais o senhor, além de nos colocar a disposição a ministração dos anjos e as consolações do Espírito Santo tem preparado um povo fiel do qual somos feitos participantes, a sua Igreja, para assim sermos também sustentados uns pelos outros na manifestação da Glória de Deus.
É neste momento que estamos totalmente abatidos, porém em Jesus Cristo. Somos alvos da Graça de Deus, pois foi Ele, como ovelha muda que não se queixa que entregou sua vida por nós para que a destruição não alcançasse nossas tendas com morte eterna, mais sim que fossemos vivificados pelo seu precioso sangue, assim nos fazendo mais que vencedores
Convém ainda notar que as orações dos versículos 8 e 9 estão separadas por um ponto e vírgula, sinal ortográfico que separa expressões adversativas ou antagônicas, pois diferem entre si. Muito conveniente para alcançarmos pleno entendimento do que o Senhor quer nos revelar, pois tribulações, perseguições e abatimentos podem ter o mesmo sentido temporal já que tratam de enfrentamentos comuns ao homem natural. Porém no sentido eterno, na revelação encontramos como fases distintas e inerentes à caminhada do servo rumo as mansões celestiais.

10 levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo.
O Senhor opera esse entendimento e esta transformação na vida do homem para fazê-lo participante de sua Obra no Corpo. Pois o apostolo diz que levaremos o morrer de Jesus não em nossos corpos, o que estaria em concordância com as outras orações acima, mais no Corpo; é no Corpo (na Igreja) que a Luz, a misericórdia e o Poder de Deus se revelam em Cristo Jesus. É na Igreja que há o alimento e o sustento para toda nossa caminhada.

Há um Arquiteto. Há um Projeto. Há um Construtor. Somos, pois como instrumentos nas mãos do Senhor, usados como vasos para a manifestação da riqueza e da preciosidade de um tesouro eterno
Amém

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